Al caer del Ocaso

Ao cair da tarde, escuta-se o murmúrio do Mar
Tão perto que de suas aguas, calma a força de vendavais
Um corpo que qual sombra emerge vindo do luar
Mulher de sonhos que se envolve no leito do remanso das aguas
Envolvida da transparência de um mar
que se antevê pressagiando bom tempo
Noite que esboça as sombras pérfidas que abrem fendas nos sonhos.
Nessa hora donde o mar arrulha as areias,
convertendo o branco de sua espuma
No corpo da dama que desde sempre o encanta.
Mulher que aprendeu a olhar no roce da pele,
A sentir a presença de quem tanto ama no olhar fechado
no respirar do ar, no aroma que envolve o doce sentir de Amar.
Mulher de inocência clara, que não conhece o deambular das noites
Nas ruas prostituídas, pelos encantos da pele.
Não conhece a dor nem o sabor do trair,
pois sempre amo na transparência
Pois o amor não se compra nas esquinas,
nem se rouba, apenas nasce no interior de cada ser.
Noite de sonhos perturbantes, que o mar afasta
para não sujar a amor feito mulher
Como pedir a lua que se torne sol, ou ao mar que se torne rio.
Como dizer ao amor que se mostre corpo,
quando apenas nasce de um coração que palpita.
Não conhece de razões, nem de cor, nem de distancias perdidas,
quando nasce da luz , como os raios do luar que na escuridão mostra caminhos
Amar, não significa somente o desejo de possuir um corpo que nos roje de prazer,
Mas sim é essa força que nos faz recorrer caminhos jamais imaginados
Unir pisadas para chegar a um mesmo lugar comum,
é desejar estar, não estar por obrigação de estar